Como minha mãe diz, minha vida espiritual começou no dia de meu nascimento, ao em vez de nascer em uma maternidade como
todo recém nascido, meu nascimento foi dentro de um roncó, (local onde ficam assentados os Orixás). Cresci sabendo que
meu destino era ser espírita, entre 12 e 13 anos, minha mãe me levava para casa de um Pai de Santo que com o tempo passei
a considerá-lo como meu avô. Ele ensinou-me muitas coisas sobre o espiritismo, passei a ajudá-lo com seu clientes, e tarefas
dentro do barracão, até que um dia ele me disse que eu carregava uma entidade muito respeitada e que continha muita força...
Maria Padilha, segundo ele, ela já estava pronta para vir em mim, e que ela já estava ansiosa para este momento. Na
época eu não dei muita importância para isso, afinal só tinha 13 anos e achava que eu tinha que aproveitar minha vida como
qualquer garota de minha idade. Mas, Maria Padilha não queria saber disso, queria aproveitar o momento naquela matéria
de 13 anos de idade. Um certo dia, fui convidada para sair com minha amigas, arrumei-me toda para sair com elas, e isso, como
nunca tinha me arrumado antes. Minhas amigas até perguntaram o porquê de tanta produção, respondi somente que estava me
sentindo muito bem, muito feliz. Fomos assistir um ensaio de uma determinada escola de samba, estava sentindo-me muito
bem quando tudo começou a ficar escuro, sentia meu corpo flutuar e não conseguia ouvir ninguém nem o som da bateria da escola
de samba, a sensação e de que estava embriagada ficando inconsciente, quando aconteceu. Naquele momento tudo se apagou,
naquele momento já não era mais eu e sim ela. Maria Padilha das 7 Encruzilhadas, contam minhas amigas, que ela bebeu muito,
dançou se divertiu e deixou uma prova e um recado para que eu nunca a ignorasse:
"Enquamdo ela fingir que não existo,
eu a provarei da pior maneira possível".
Por isso, meu pensamento com relação a ela piorou, fiquei com raiva não quis
aceitá-la virando em mim, tinha medo de acontecer novamente o que ela fez da primeira vez. Mas o tempo foi passando, fui
aprendendo a aceitar o que o destino programou pra mim, com a ajuda de meu avô, ela já virava com controle ele foi doutrinando-a,
e ensinando tanto a mim como a ela a aproveitar este momento que estamos unidas. Hoje com 31 anos, além de aceitar,
admiro esta mulher que utiliza do meu corpo para trabalhar ajudando e fazendo o bem para quem precisa e a procura. Fico
muito feliz com isso, todos que tem a oportunidade de vê-la, ficam admirados com sua beleza e sua maneira de trabalhar. Agradeço
muito a minha Pombo Gira por tudo que tens feito e continua fazendo por mim e pelos meus.......Obrigada Padilha !
Alessandra
Gomes.
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